e soletras os passos desse teu corpo vazio
És a marca desesperada de uma sede
Sede de ser, viver, gritar nos confins de um mundo
Um globo que destruíste na palma da tua mão
esmagando-o contra a pele da tua arrogância
Queres a água da vida, fugires do negrume de uma morte anunciada
Queres o rio que já secou, o verde que já murchou
Queres o céu que manchou-se, e chora agora de raiva
Com o vento que desnuda o horizonte com sua força
Ó Homem, tiveste a vida e jogaste-a fora e agora...
...Agora és Animal sem prado,
Deserto caminhante que busca a gota da água que sacia tua sede
Sede de viver, sede de se poder arrepender
Mas a desculpa foi finita, e o perdão perdeu-se nos corredores desse tempo
Tempo que transformou o teu quadro e o jogou no lixo dos séculos
Séculos, anos que banhaste as oportunidades na leviandade do poder
Mas não podes subestimar o que te é superior,
Esta casa onde habitas, esta lar que desarrumaste.
Mas bebe, usufrui dessa tua ultima lagoa de vida,
pois agora só te resta a morte...

Acorda.
Não fujas ao teu destino.
Não temas o teu poder de mudar.
Podes alterar o rumo e assim transformá-lo.
Bebe a Vida e deixa-a ser Viva.
Arruma a tua casa e recebe o teu convidado.
Serve-lhe o melhor que tens, o teu sentimento, o teu amor.
E deixa-o estar o tempo que quiser.
O que fizeste ontem, pode ser remediado hoje, para que amanhã já não seja tarde.
Volto Já. Sentimento.
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